segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Famílias convertidas ao Evangelho que se negaram a renunciar a Jesus são expulsas de aldeia

Um grupo de seis famílias foi expulso de sua aldeia por se recusar a negar sua fé em Jesus Cristo. O caso foi registrado no Laos, país o sudeste asiático que é considerado um dos mais perigosos para cristãos.
As 25 pessoas fazem parte da etnia Hmong, e foram obrigadas a deixar suas casas sem poder levar nenhum de seus pertences.
De acordo com informações da Missão Portas Abertas, as autoridades disseram que a razão para a expulsão das famílias é religiosa. Os demais moradores não aceitaram a decisão deles em se converter ao cristianismo e tentaram forçá-los a renunciar a fé e retornar ao animismo, religião majoritária na aldeia.
Há pouco mais de cinco meses foi registrado outro episódio de perseguição religiosa na mesma aldeia. Dois cristãos foram presos por não acatarem o ultimato de renúncia a Cristo. As autoridades locais decidiram despejar imediatamente as famílias, e o ancião patriarca da família de um dos homens morreu durante o tumulto, o que tornou a situação ainda mais delicada.

Laos

O pequeno país asiático ocupa a 21ª posição no ranking de perseguição religiosa atualizado anualmente pela Missão Portas Abertas.
Há pouco mais de dois anos, a prisão de um cristão se tornou notícia em todo o mundo porque o motivo seria a pregação feita por ele que resultou na conversão de 300 pessoas ao cristianismo.
Oficialmente, a Constituição do país permite a liberdade religiosa, mas a sociedade considera como religiões aceitáveis apenas o budismo, bramanismo e animismo. O cristianismo é visto como uma religião estrangeira, e repudiada pela maior parte das pessoas.
De maneira recorrente, as autoridades tem pressionado os convertidos ao Evangelho a abandonarem sua fé e interrompem os cultos e reuniões do grupo, sob ameaça de expulsão das aldeias.

Cristã condenada à morte no Paquistão pede ajuda de irmãos na fé: “Não me abandonem”

A cristã Asia Bibi, condenada à morte no Paquistão por supostamente ter ofendido o profeta Maomé, inspirador do islamismo, fez um apelo aos cristãos de todo mundo para que não a abandonem.
Presa há quatro anos, Asia Bibi apresentou a última contestação legal possível no sistema judiciário do Paquistão para tentar reverter sua condenação, e tentar suspender a pena de morte.
“Vocês são minha única esperança de permanecer viva neste calabouço, então por favor, não me abandonem. Eu não cometi blasfêmia”, disse ela em uma carta aberta.
Asia Bibi tem agora 50 anos e é mãe de cinco filhos, e desde 2010 está detida. O episódio que rendeu sua prisão teria acontecido durante uma discussão com colegas muçulmanos, que a acusaram de ofender Maomé quando bebeu água de uma fonte.
A blasfémia é um tema extremamente sensível na maioria dos países muçulmanos. O advogado de defesa Saiful Malook disse à Agência France Press que ele havia apresentado um recurso em nome de Asia Bibi para a Suprema Corte.
Na petição, a cliente pediu ao tribunal que reconsiderasse deficiências no processo, incluindo provas supostamente manipuladas e um atraso entre o momento do incidente e o início das investigações por parte da polícia.
Malook acrescentou que a alegação de blasfêmia foi inventada pelos inimigos de Asia Bibi para prejudicá-la: “Nós esperamos uma audiência inicial do recurso e espero que o processo acabe em um ano”, acrescentou o advogado.
O desafio é a última esfera dos tribunais. Depois desse passo, restaria apenas a possibilidade de um apelo pessoal do marido de Asia Bibi, Ashiq Masih, ao presidente do Paquistão, Mamnoon Hussain, pedindo a ela para ser perdoada e autorizada a se mudar para a França.
“Estamos convencidos de que Asia Bibi só será salvo de ser enforcada se o venerável presidente Hussain conceder-lhe um perdão. Ninguém deve ser morto por beber um copo de água”, publicou o New York Times.