Um ex-assessor parlamentar de Marco Feliciano (PSC-SP) afirmou que alguns dos atuais assessores do pastor são funcionários fantasmas. A acusação de Wellington Oliveira traz à tona novamente uma denúncia feita pelo jornal Correio Braziliense em
março de 2013.
De acordo com Oliveira, alguns dos atuais assessores de Feliciano que trabalham em sua base eleitoral, a região de Orlândia, no interior de São Paulo, na verdade são ligados à igreja Assembleia de Deus Catedral do Avivamento e recebem salários da Câmara dos Deputados sem realizar nenhum trabalho ligado às atividades parlamentares do pastor.
“Todos estes que listei fazem o trabalho para a igreja, para o escritório particular, nada para a política, para o mandato”, disse o ex-assessor, numa entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. Wellington Oliveira acrescentou ainda que a verba parlamentar é usada por Feliciano para pagar salários de pastores e outros funcionários, além de dívidas relativas a serviços prestados antes do pastor ser eleito.
Os nomes dos supostos assessores fantasma são Adilson Brito, André Oliveira, Rafael Octávio e Roseli Octávio, de acordo com Oliveira. Estes trabalhariam apenas nas filiais da Catedral do Avivamento – denominação fundada por Feliciano – com salários de até R$ 3,5 mil.
Segundo Oliveira, além dos assessores que só atendem a questões da igreja, há ainda um assessor chamado Wagner Guerra, que recebe R$ 8,6 mil por mês, e cuidaria apenas das contas e agenda pessoal de Feliciano, sem se envolver em questões do gabinete. A esposa de Wagner, Marina Octávio (filha de Roseli Octávio), também estaria registrada como assessora, mas trabalharia apenas em assuntos pessoais do pastor.
Wellington Oliveira declarou que fez as denúncias por uma questão de “crise de consciência”, e deseja “moralizar” o meio político dentro do mundo evangélico.
Resposta
O pastor Marco Feliciano classificou como “falácia” as denúncias de Oliveira, e afirmou que apesar de não estarem em Brasília, os assessores prestam serviços ligados à política: “Essas pessoas trabalham para mim como deputado. O trabalho na igreja é voluntário”, disse.
Sobre a acusação de Oliveira a respeito do
vídeo de “renúncia” do pastor Marco Feliciano, ironizando as iniciativas de ativistas gays e outros deputados que queriam tirá-lo da presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, o deputado negou as acusações: “Se ele está dizendo que foi ele, que assuma. Eu não sei quem fez, mas que ficou bom, ficou”, afirmou.