quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Jean Wyllys comenta denúncias do ex-assessor de Marco Feliciano sobre incitação de violência contra ele e diz que o pastor “não merece respeito”

O escândalo das declarações do ex-assessor de Marco Feliciano (PSC-SP) responsabilizando o pastor pela autoria do vídeo de “renúncia” à presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) e acusando-o de manter funcionários fantasmas em seu gabinete foi comentado por Jean Wyllys, principal adversário político de Feliciano.
Wyllys, um dos parlamentares mencionados no vídeo, afirmou que não ficou surpreso com as afirmações do ex-assessor de Feliciano, Wellington Oliveira, feitas em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.
À época, Wyllys e outros parlamentares mencionados no vídeo satírico à pressão dos ativistas gays, que pediam a renúncia de Feliciano à presidência da CDHM, procuraram o Ministério Público para investigar a autoria do material e indiciar os responsáveis por difamação e incitação à violência.
“O depoimento do ex-assessor do Marco Feliciano não foi uma surpresa pra mim, pra nós que fomos vítimas dessa difamação orquestrada por ele. Nós tínhamos indícios suficientes para acreditar que o deputado Marco Feliciano estava por trás dessa estratégia de difamação, de desconstrução e de incitação à violência contra mim e contra a deputada Erica Kokay (PT-DF), contra Domingos Dutra (SSD-MA) e contra os ativistas de Direitos Humanos”, declarou Wyllys em entrevista ao site iGay, acrescentando que “uma pessoa como essa [Feliciano] não merece respeito”.
De acordo com o deputado ex-BBB, apesar de a apuração do caso ter se alongado um pouco mais, ele e os demais parlamentares se mantiveram à par dos fatos: “Tínhamos tantos indícios que fizemos uma denúncia na Procuradoria Geral da República. O Ministério Público encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF), que requereu junto à Polícia Federal um inquérito. A PF, em setembro do ano passado, tinha pedido um prazo de mais 90 dias ao STF para concluir o inquérito. O ministro Celso de Mello concedeu esse prazo, e acredito que foi nesse prazo que o assessor foi obrigado a mentir”.
Após a entrevista de seu ex-assessor, o pastor Marco Feliciano negou que tivesse autorizado a produção do vídeo, mas reafirmou ter gostado da ideia: “Se ele [Wellington Oliveira] está dizendo que foi ele, que assuma. Eu não sei quem fez, mas que ficou bom, ficou”.
Vídeo: Entrevista completa de Jean Wyllys sobre Marco Feliciano


Por Tiago Chagas, para o Gospel+

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