Durante um debate realizado na Câmara dos Deputados para o lançamento do documentário “Mais Náufragos que Navegantes”, dirigido por Guillermo Planel, os deputados Jean Wyllys (PSOL-RJ), Erika Kokay (PT-DF) e Marco Feliciano (PSC-SP) trocaram indiretas.
O principal motivo da troca de farpas foi a manifestação organizada pelo pastor Silas Malafaia na quarta-feira, 05 de junho, em frente ao Congresso Nacional.
“Ontem houve uma manifestação que deveria ser de valores cristãos virou algo anti-homossexual”, provocou Jean Wyllys, durante sua fala.
Convidado pelos organizadores como representante da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM), Feliciano afirmou que sentia-se um “corpo estranho” naquele debate, e que relutou em aceitar o convite para participar do evento. O pastor e deputado ressaltou que aceitou o convite devido à insistência dos organizadores.
Em seu discurso, Feliciano se apresentou como “um aprendiz dos direitos humanos”, e que durante seu mandato à frente da CDHM, tem vivenciado um “ataque ao cristianismo” no Brasil. “Represento essa comunidade cristã que é atacada”, disse.
A resposta a Feliciano foi dada por Erika Kokay, que ao lado de Wyllys, tem sido a mais ferrenha opositora ao pastor: “Aqui nós não podemos permitir que sejam distorcidas as palavras. O deputado Jean não veio aqui para atacar o cristianismo. Ele veio aqui para dizer que a lógica do cristianismo é da fraternidade. Um segmento não pode se apoderar dessa concepção e negar todas as outras”, disse, segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo.
Kokay ainda atacou Feliciano ao dizer que “hoje, na Comissão de Direitos Humanos, temos que defender os direitos humanos das concepções que ali estão postas”.
Por Tiago Chagas, par ao Gospel+
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