Os números iniciais impressionam: 24 horas de programação, 900 atrações e 25 palcos. Os números finais assustam: duas mortes, cinco baleados, 28 presos, 1.800 atendimentos médicos. Ambos os dados são da 9ª edição da Virada Cultural de São Paulo, que aconteceu entre às 18h de sábado (18) e 18h de domingo (19).
Os casos de violência mais grave foram concentrados durante à noite, mas ao longo de todo o evento, o público se queixou dos assaltos e arrastões, feitos por grupos de até 30 bandidos.
Em coletiva de imprensa, o prefeito Fernando Haddad confessou que o número de ocorrências foi além do esperado pela organização do evento. Mesmo assim, ele se mostrou bastante satisfeito do resultado da Virada Cultural — a primeira de sua gestão — e já confirmou a próxima edição em 2014.
— Isso [a onda de violência] não pode nos intimidar. A cidade é nossa!
Haddad destacou ainda que foi o maior contingente de policiais da história do evento: 3.424 PMs e 1.400 guardas municipais.
Mesmo assim, o público se queixou que, muitas vezes, os responsáveis pela segurança não se esforçaram para conter o descontrole, como no caso em que um rapaz era espancado por ao menos seis pessoas em frente a dois policiais.
Nem o senador Eduardo Suplicy escapou dos assaltantes durante a maratona cultural. Foram tantos os casos que o evento ganhou o apelido de “Virada Criminal” nas redes sociais.
Mas, felizmente, nem só de violência foi feita a Virada. O público pode cantar a diversidade com Daniela Mercury, comemorar a alegria com Sidney Magal e Gaby Amarantos e se emocionar ao homenagear o cantor Chorão, que morreu em março de 2013. Teve shows para adultos e crianças, roqueiros e pagodeiros e houve espaço para toda a pluralidade cultural da capital paulistana. Resta agora esperar pela edição de 2014.
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