Durante o período de grande crescimento da economia norte-americana várias igrejas nos Estados Unidos tomaram empréstimos com instituições financeiras como o “Evangelical Christian Credit Union”, instituição especializada em empréstimos para templos religiosos. Porém com a crise econômica de 2008 as doações e dízimos recebidos pelas igrejas diminuíram drasticamente e muitas não tiveram como manter seus compromissos financeiros.
Com isso, desde 2010 cerca 270 igrejas foram confiscadas e vendidas por bancos norte-americanos. De acordo com a companhia CoStar Group, 90% desses confiscos ocorreram por consequência de inadimplência.
Além dos juros desses empréstimos, tomadas pelas igrejas, serem extremamente agressivos, outro fator prejudicial para as igrejas é o fato de que os empréstimos concedidos a elas serem considerados comerciais, tendo um prazo de apenas cinco anos para o pagamento, diferente das hipotecas residenciais, que tem um prazo de até 30 anos.
Porém, os confiscos relativos aos empréstimos concedidos a igrejas demoraram mais que os residenciais para serem cumpridos, devido a representação pública dessas instituições. O gerente-diretor de Educação Religiosa financeira do banco Ziegler, Scott Rolfs, afirmou que “templos religiosos estão entre as últimas instituições confiscadas porque os bancos não queriam dar a impressão de serem avarentos com igrejas”. Agora especialistas afirmam que os bancos não estão mais dispostos a colaborar com as instituições religiosas.
Segundo a agência Reuters, na maioria dos casos os templos das igrejas foram comprados por outras igrejas. A agência informa também que todas as denominações do país sofreram com o problema, mas que nas menores o impacto foi muito maior.
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