EUA poderão restringir as transações de bancos estrangeiros com o comércio petrolífero iraniano
"Vou monitorar a situação de perto para assegurar que o mercado possa continuar a acomodar a redução nos estoques de petróleo e derivados provenientes do Irã", afirmou o presidente.
Em comunicado, Obama disse que alguns países estão aumentando a produção petrolífera e "existem reservas estratégicas" para suprir o fornecimento, o que o fez chegar à aprovação. A intenção é pressionar o país persa a suspender o programa nuclear, suspeito de desenvolvimento de armas atômicas.
De acordo com o decreto presidencial, o embargo será reavaliado de seis em seis meses, verificando o aumento do preço do petróleo e o fornecimento de combustível não vindo do Irã para permitir a continuidade das sanções.
A nova medida permite que os Estados Unidos possam restringir a partir de junho as transações de bancos estrangeiros relacionadas com o comércio petrolífero iraniano para retirá-las do sistema financeiro americano, assim como já acontece com o Banco Central do país persa.
Na semana passada, o governo iraniano considerou as medidas impostas pelos EUA "um fracasso de fato". Segundo o vice-presidente para Assuntos Parlamentares, Mohamad Reza Mir Tayedini, o "fracasso" do embargo se deve ao fato de muitos países ainda importarem petróleo do Irã como demonstração de sua posição internacional.
Contra-ataque
Para o embaixador do Irã no Brasil, Mohammad Ali Ghanezadeg Ezabadi, os EUA e Israel são "tigres de papel", que não têm de "coragem de atacar" seu país porque uma ação do tipo terá "resposta do mesmo nível".
"Ameaças têm que ser respondidas com ameaças. Se formos atacados, nossos mísseis darão uma resposta forte", afirmou.
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