terça-feira, 6 de março de 2012

Em seu primeiro compromisso oficial como ministro, o evangélico Marcelo Crivella defende o autor do “kit gay”, Fernando Haddad


Nomeado recentemente ao cargo de ministro da Pesca, o bispo da Igreja Universal Marcelo Crivella deu declarações isentando Fernando Haddad de responsabilidade no episódio da produção do kit anti-homofobia.
Em seu primeiro compromisso oficial após assumir a pasta, o ministro afirmou que o ex-ministro da Educação e pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, “jurou com os pés juntos que não produziu (o kit). Disse que foi uma ONG contratada pelo ministério”. Crivella deu essas declarações durante visita a duas colônias de pescadores na ilha da Madeira, na cidade de Itaguaí, região metropolitana do Rio de Janeiro.
Segundo o Estadão, o ministro afirmou ainda que não defende Haddad como forma de apoiá-lo em sua candidatura, e que seu partido tem seu próprio candidato à prefeitura de São Paulo. Porém o ministro confirmou que seu partido precisará do apoio do ex-ministro da educação em um provável segundo turno: “Não estou falando isso porque vamos apoiá-lo. A pesquisa do Datafolha mostrou que estamos em segundo lugar e que o (ex-governador José) Serra (PSDB) tem uma rejeição maior que a nossa. Então, estamos com chance de ir ao segundo turno e precisaremos do apoio do Haddad”.
A nomeação de Crivella para o ministério da pesca está sendo criticada por líderes evangélicos e é vista por muitos como um caminho usado pelo governo para diminuir rejeição dos religiosos à candidatura de Fernando Haddad na disputa da prefeitura de São Paulo.

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