A American Bible Society (ABS), entidade norte-americana que atua em assuntos ligados à Bíblia Sagrada, publicou seu relatório sobre um estudo anual realizado para medir a influência do livro na sociedade.
A pesquisa envolve a relevância da Bíblia para a cultura; seu papel na família e na sociedade; presença da Bíblia nos lares norte-americanos; traduções e formatos preferidos; versículos favoritos; e quantidade média de tempo dedicado à leitura, entre outros.
O relatório aponta alguns dados alarmantes: 77% dos norte-americanos acreditam que a moral e os valores estão em declínio nos Estados Unidos, e a causa mais citada pelos entrevistados para esse quadro é a falta de leitura da Bíblia.
Questões comportamentais foram as que produziram uma visão mais paradoxal a respeito da maneira como as pessoas lidam com a Bíblia. Enquanto 66% dos entrevistados concordaram que a Bíblia oferece tudo o que uma pessoa precisa saber para viver uma vida relevante, 58% afirmaram que pessoalmente não querem aplicar a sabedoria e conselhos da Bíblia em suas decisões, e aproximadamente a mesma quantidade, 57%, lê menos de cinco vezes por ano.
Uma situação que se repete em todos os anos é a constatação de que a Bíblia Sagrada continua sendo valorizada e influente nos Estados Unidos. Todavia, as opiniões sobre o papel que o livro deve exercer na sociedade estão cada vez mais polarizadas. Essa tendência se acentua quando os dados são analisados por faixa-etária.
Confira alguns dos principais dados da pesquisa:
- Uma em cada seis pessoas relataram a compra de um exemplar da Bíblia no último ano
- 80% dos norte-americanos veem a Bíblia como sagrada
- Os norte-americanos têm uma abundância de cópias em casa, com uma média de 4,4 Bíblias por domicílio
- 56% dos adultos acreditam que a Bíblia deve ter um papel maior na sociedade norte-americana
- A leitura e as percepções sobre a Bíblia tornaram-se cada vez mais divididas, com 6 milhões de novos antagonistas da Bíblia no ano passado
- Mais da metade (57%) dos entrevistados com idades entre 18 e 28 anos afirmaram ler a Bíblia menos de três vezes por ano
Por Tiago Chagas, para o Gospel+
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